quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

DO ALVOR AO ACASO



DO ALVOR AO OCASO
Iron Junqueira

Nem tudo foi assim como eu queria.
Amei meu pai. Não fui o que ele quis;
Disse a Deus que faria, mas não fiz,
Não tive a musa, aquela que eu teria.

Era sofrer, enquanto eu vivia;
A vida não perdoava nem um triz;
Se fui amado pela que eu mais quis,
Mais distante de mim ela se via!

Ninguém planeja, enfim, a própria vida,
Já vem conosco preestabelecida,
Não somos frutos lá de mero acaso.

O tanto que quis, nunca pude ter,
O sonho que sonhei – não pude ver,
Minha vida andou reta – para o Ocaso.
10/04/2010

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